quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Retrospectiva de um tombo

Um tombo. Um segundo de desequilíbrio e a única coisa que lembro é de estar chegando ao chão, de lado, com os braços esticados segurando a Carolina para protegê-la.
Vejo-a chorando sem conseguir pegá-la de volta.
Pessoas chegam para me ajudar a levantar e quando olho para meu pé percebo que não conseguirei andar.
Só pensei em pedir para acudi-la. Acalentá-la. Enquanto estico o braço tentando chamar o Fernando.
Começo a suar frio e me dão água e apoio nas costas. Eu não caí completamente. Caí meio sentada de lado.
Carolina sem um arranhão. Objetivo realizado.
E o que viria em seguida, susto e medo. Dor emocional maior do que qualquer dor física.
Quando estavam imobilizando meu pé só via minha Carol repetindo tentando me confortar: vai dar tudo certo mamãe, você vai ficar boa, tá?
Cheguei a pensar que fossem palavras vindas do pai. Mas eram dela. Agora sinto que quando a abraço e a conforto passo realmente a segurança e o carinho que precisa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário